Os bastidores do telediagnóstico

Dr. Xavier M. Stump, Médico de Imagem do Centro Avançado do Aparelho Locomotor do Grupo Fleury, mostra como a análise de exames de imagens segue com credibilidade mesmo sendo realizada de casa

Desde o início da pandemia, diversos segmentos mundiais tiveram de se reinventar. No caso do Grupo Fleury, não foi diferente. O ato médico mudou e passou a ser transmitido, também, de modo virtual. Com o auxílio da plataforma Saúde iD, o serviço de telemedicina e telediagnóstico mostra que já é uma realidade e deve ser um dos legados deixados pelo atual momento.

De junho de 2020 a maio de 2021, foram registradas mais de 400.000 consultas via web. E esse número não para de crescer. São mais de 3.000 por dia. A notícia melhora quando é observada a taxa de resolução dos casos, sem a necessidade de deslocamento ao pronto atendimento, que chega a 89%. Isso tem um valor ainda maior se pensarmos que essas pessoas poderiam ter se exposto a um ambiente de hospitalar sem necessidade, sobretudo neste momento de pandemia.

Ainda assim, é comum que as pessoas questionem o padrão de atendimento e o diagnóstico remoto frente à consulta presencial. Afinal, foram muitos anos utilizando a forma anterior.

Adepto e entusiasta do telediagnóstico desde antes da pandemia, o Dr. Xavier M. Stump, Médico de Imagem do Centro Avançado do Aparelho Locomotor do Grupo Fleury, explica que o atendimento remoto não diminui a qualidade do procedimento e traz mais comodidade para o paciente e para o médico.

“Não é mais necessário que o paciente visite o consultório como única alternativa. Com a competência dos times que temos realizando os procedimentos e as análises clínicas em nossas marcas, temos segurança em analisar os exames e recomendar os melhores tratamentos virtualmente e, se necessário, indicar uma avaliação presencial”.

Ainda sobre a elaboração dos resultados, ele explica que o teletrabalho remoto permite discussões clínicas aprofundadas entre os médicos. “Temos casos de imagens que passam por dois ou até três especialistas para uma definição coletiva. Por muitas vezes, recomendo ao meu time entrar em contato com o colega que solicitou o exame, entender a expectativa e se estamos alinhados. Todos trabalhando de casa.”

O alinhamento entre a equipe também não fica de fora da agenda, mesmo que virtualmente: “Não deixamos de nos reunir e fazer uma análise das entregas, de como podemos aperfeiçoar ainda mais os nossos laudos e, também, debater um pouco sobre como correlacionamos cientificamente o que temos feito frente aos novos estudos divulgados ao redor do mundo”.

Com equipamento de análise instalado em sua casa, Dr. Xavier não pensa em retomar a rotina presencial e incentiva que se repense o método atual. “O que precisamos para que o teletrabalho seja produtivo é de disciplina e conhecimento técnico – além de internet, é claro. É nítido como a nova geração de médicos já tem essa predisposição, trabalhando com multi telas em tempo real, aparelhos diferentes e com muito embasamento científico.”

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